Boinas & Cia - Inverno 2012

A primeira máquina em casa...

  ... prosseguindo a história da Sôlla Bag, a primeira máquina que tive em casa, foi empréstimo da minha amiga Carla Bueno (amiga, irmã, cliente), ela havia ganhado da tia há bastante tempo e estava lá, sem uso. Ficou uns tempos na minha casa, ali fiz meus primeiros ensaios de carreira solo. Maravilha; logo depois a Andressa, comprou uma máquina bem bacana, então me emprestou também, depois disso comecei a adquirir minhas próprias máquinas. Levou um tempo, mas elas estão lá, prontas pro batente. 

  Quero acima de tudo dizer que agradeço muito o apoio das minhas amigas, em todos os sentidos. Nós precisamos de aprovação pra nossos projetos, verdade seja dita, e se junto com este apoio, tivermos força de vontade, vamos adiante.

Como surgiu Sôlla Bag...

Sempre trabalhei com moda, e apesar de usar poucos acessórios, sou apaixonada por eles, sapatos, bolsas, chapéus, etc, sempre mantive muitas pastas de pesquisa, apenas para apreciação, mas um belo dia, as pastas começaram a ter outro sentido... prossegue assim: Tenho uma amiga chamada Margô Valim, modelista de mão cheia, pois bem, através do contato com ela, interessei-me em costurar, já havia tido contato a vida inteira com costura, já que minha irmã Eva costura para fora há muitos anos. O fato é que vez em quando nas visitas a casa da Margô, percebia sempre muita sobra de tecido, de todo tipo, cor e textura, achava um absurdo que todo aquele tecido fosse parar no lixo sem que alguém pudesse aproveitá-lo. Um dia, por ocasião do aniversário da Mel (neta da Margô), resolvi fazer de mão daqueles pedaços de tecido do lixo e fazer uma bolsa para ela. Nunca havia sentado numa máquina de costura antes, pelo menos não com intensão de costurar. Pois pasmem, a Margô me deu umas dicas e eu sai pedalando, totalmente atrapalhada e achando o máximo. Fiz minha primeira bolsa. AMEI. Na época a Mel disse também ter gostado.

Amei tanto que pedi mais umas dicas, ela me conseguia inúmeros pedaços de pano, vez em quando ia lá e me pegava juntando os tecidos, cujos pedaços dava pra criar algo. Nem sei como agradecer a minha amiga, já que ela sempre me incentivou. Depois disto, usei as minhas pesquisas, meu vago conhecimento no corel draw, e fui além, fiz um curso de corte e costura no Ateliê Elisa Lisot, minha professora nota dez :  Graziela Marcondes (ela faz umas bags lindas), e desde então estou em busca de conhecimento, criei minha marca, modesta por enquanto, poucas peças, eu mesmo faço uma a uma, cada detalhe. Meu único problema é a questão do tempo, pois faço minhas peças nos horário em que não me encontro no trabalho. 

Pra quem tem vontade de aprender, seja lá o que for, dê o primeiro passo, é mágico e como meu pai dizia: aprender não ocupa espaço.

Quem sabe você se redescobre!

até a próxima... 

Carteira Black Jeans

Vamos lá, o ano começa agora! Pra valer...

Espero encontrar bastante gente bacana por lá, o Bazar da Memorabilia no espaço da Pinacoteca, é sempre legal, além de ver novidades de moda, peças diferenciadas, dá pra tomar aquela ceva bem gelada... aproveitar as liquidações e curtir um excelente fim de tarde de domingo. Aguardo sua presença.

EXCLUSIVIDADE & MODA

A produção de moda em larga escala desde o século XVII, não arrefeceu o desejo da exclusividade. Mais que objetos de desejo, itens de moda exclusivos, traduzem uma série de códigos sociais, dentre eles, visão política de uma época, exposição de novos talentos, dissemina novas culturas e atitutes perante a necessidade de tornar o planeta sustentável. A abundância de produção e material, nos permite, atráves de um pouco de pesquisa, criar peças únicas, que traduzem novos rumos no modo de viver e consumir. A influência da sustentabilidade e do ecologicamente correto, agora fazem parte da nossa evolução geral, cria valores agregados e nos possibilita acreditar num futuro melhor. Entre tendência, comportamento e visibilidade econômica, ser e usar o exclusivo, o feito manualmente, a mistura, nos remete ao que somos como indivíduos: seres únicos, não só no ser, mas também no USAR.